terça-feira, 13 de abril de 2010

Se eu não tivesse dito "Até Sempre!"


Justify FullAmigos Phisteanos, Não-Phisteanos, Futebolistas Brasileiró-Ucranianos, Actores de Novelas Narco-Traficantes, Gorduchas Carolinenses viradas fenómeno cibernético, Estilistas VIPs que negam ser homossexuais, Presidentes Semi-Depostos do Quirguistão e todos as restantes pessoas neste bonito Mundo!

Gostava de fazer minhas as palavras de Manuel Cruz com o seu terrorífico "Até Sempre" que para a eternidade ensombrará com uma dúvida emocional todo o mundo musical Português, mas infelizmente sei perfeitamente que os PHIST são apenas uma bandeca amadora cujos membros cheiram mal e têm fungos nas axilas.

Essa bandeca, que durante dois anos e meio realizava sempre o milagre da multiplicação do público num concerto, que como uma bulldozer destruía tudo por onde passava, que corava quando lhes diziam que até eram engraçaditos, que morria a rir por dentro quando ouviam a palavra "Vândalos" e quando ouviam do sucesso de outras bandas, que adoravam jantar com outras bandas para os intimidar através da palhaçada, que nunca se esquecia de quem os ia ver e ouvir, que tinha medo de transplantes capilares e que adorava um dia poder tocar com a Shania Twain... essa bandeca era a banda dos "SEs".

E se tivéssemos tipo tempo, como seríamos hoje?
E se tivéssemos tido menos azares ao longo da vida, quem seríamos hoje?
E se tivéssemos nos esforçado, o quão longe estaríamos hoje?
E se tivéssemos deixado caído o nosso orgulho musical, o quão mainstream estaríamos hoje?
E se tivéssemos escolhido outro nome, teríamos ainda piadas sobre ele?
E se tivéssemos ganho, perdido ou empatado isto e aquilo, aqui e acolá, será que poderíamos cantar o tema genérico da "Lua Vermelha"?

O meu nome é Tiago mas toda a gente me conhece por Palha, e eu peço antecipadamente pela cena lamechas que aqui se vai passar. Quando este sábado recebi a notícia de que iria trabalhar para Lisboa, refugiei-me no facto de ser algo que sempre quis - avançar profissionalmente e eventualmente sair do Porto e de Portugal - para não admitir que seria algo que me estava a deixar anormalmente sentimentalista porque sabia que iria ter de deixar imensas pessoas e coisas para trás. Afinal de contas, até o ser humano mais competitivo possível tem sempre sentimentos e foi com essa premissa que descobri que afinal não seria tão fácil deixar de dizer "cócózinho" em palco!

A decisão foi e é totalmente minha e se alguém me quiser chamar Mouro eu só o posso convidar para ir beber um Vinho do Porto na varanda da minha casa e explicar pessoalmente tudo o que se passou nestes dois anos e meio.

Foram histórias e estórias sem-fim que todos nos esquecemos sempre de alguma e milhentas dedicações a donas de bares, técnicos de som, pseudo-seguranças e afins, que agora terão de chegar a um a um período de encerramento para obras. Não vou para aqui contar histórias (à excepção daquela dos street-bums na Cândido dos Reis) e reitero a minha disponibilidade para sessões de linda nostalgia ao sabor de um Vinho do Porto, mas digo já que não trocava nenhum agudo inatingível, nenhum solo falhado, nenhuma perdas de ritmo nem nenhuma baqueta partida por qualquer um dos "SEs" que descrevi acima.

Esperemos que os próximos concertos, em formato de despedida não saibam a pouco porque eu sei vou andar sempre a trautear, esteja onde estiver, a passagem que melhor descreve esta bandeca que para mim foi a porta para alguns dos momentos mais felizes de sempre:

"Os PHIST foram constituídos pelos majestosos Charlie Quick-Hand McBrook, Tiago “Palhôncio Pilates”, General Rafa, Ruizinho (o sobrinho perdido to Pato Donald) e o Mestre Veterano Bruno Brunett, e a sua lenda ecoará para sempre como um palavra de terror pelos bares, discotecas, night-clubs, strip-clubs, mercearias, farmácias, cafés, restaurantes, videotecas, casas de pasto e repasto, garagens, jardins, parques e sanitas do Porto, Ovar, Londres, Estarreja, Maia, Braga, Covilhã, Santa Maria da Feira e Nalgas do Adelino."

Obrigado a ti, caro leitor e a todos os polícias que nunca nos prenderam!

"Até Sempre!"

8 comentários:

Parleone disse...

Queria também, como não poderia deixar de ser, fazer uma referência abraçosa para o Barnabé que, apesar de pouco tempo ao leme do Baixo é também parte dos PHIST.

Phist Guitar disse...

Como diria o GRANDE Juca:
"Uma vez Phist!
Phist para sempre"

Edward Soja disse...

Olá, amigos.

Os Phist vão acabar. Em que ano começaram? Foi mesmo no concelho do Porto?

Obrigado desde já.
E boa sorte.
Nada está perdido.
O que começa e acaba faz parte do caminho.
:)

Phist Guitar disse...

Boas Eduardo!
A malta começou em fins de 2006, Mas só arrancou a sério em finais de 2007.
Porto oh yeah
Abraço e obrigado pelas palavras!

Edward Soja disse...

Obrigado eu.

Abraço.

Anónimo disse...

é verdade, uma vez phist
phist pra sempre!

nunca me vou esquecer de vcs, receberam-me sempre de braços abertos em todos os ensaios e concertos.

bgd por tudo gente

abc
acredito q um dia ainda haja uma reunião da banda para um concerto pra relembrar os velhos tempos :D

Anónimo disse...

esqueci-me de assinar xD
juca phisteano#1

Anónimo disse...

Tenho saudades!